Tertúlia sobre “O Papel da Mulher na Democracia” elenca as conquistas e o que está ainda por fazer pela igualdade

A democracia e a liberdade não podem ser dadas como adquiridas, são valores que precisam de ser continuamente alimentados e protegidos para que, enquanto país, não os voltemos a perder é a síntese da tertúlia “O Papel da Mulher na Democracia”.

O evento, que decorreu esta noite no IPCA, organizado pela Câmara Municipal de Barcelos, foi moderado por Maria José Fernandes e teve como oradoras Catarina Martins, Ilda Figueiredo, Isabel Menéres, Lídia Pereira e Maria de Belém Roseira. Um painel de luxo com casa cheia para ouvir falar sobre a evolução do papel na mulher na sociedade, nomeadamente as diferenças existentes antes e depois do 25 de Abril.

Ilda Figueiredo e Maria de Belém relembraram vivências em tempo de ditadura, onde a mulher ocupava um papel secundário, lembrando que a alteração das leis em si não é suficiente para colocar as mulheres no mesmo patamar que os homens, sendo necessário que mudem também as mentalidades.

E todas foram unânimes ao afirmar que essa mudança só se consegue através da capacitação de todos, independentemente do género. É necessário que as pessoas, nomeadamente, as mulheres, tenham liberdade para pensar, para sentir e para fazer, apelando à sua mobilização para se manifestarem quando não veem os seus direitos reconhecidos e que tenham a capacidade de dizer “Não”, quando não concordam com o que está instituído.

A tertúlia, organizada pela Câmara Municipal de Barcelos em colaboração com o IPCA, faz parte de um ciclo de conversas a decorrer ao longo do ano, no âmbito do programa das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, promovido pelo Município.