Recorde-se que o IPCA se encontrava em regime de instalação desde a sua fundação, em 1996. Com a eleição do primeiro presidente segue-se agora uma nova etapa, fundamental para o crescimento da instituição.
O Programa de Acção do candidato eleito constitui o compromisso de liderar uma equipa que tem como principal missão contribuir para que o IPCA seja uma instituição de ensino superior com um papel activo no desenvolvimento regional, estimulando a criação cultural, a participação, a produção do conhecimento e o respeito pelas diferenças.
Na elaboração do Programa de Acção, o Prof. Doutor João Carvalho propôs, assim, 135 medidas, que se assumem como prioritárias para os próximos quatro anos de governação do IPCA, consubstanciadas em dez eixos de intervenção:
1. Ensino
2. Investigação, Inovação e Transferência de conhecimento
3. Sociedade, Empregabilidade e Empreendedorismo
4. Internacionalização
5. Estudantes
6. Pessoas
7. Recursos Financeiros
8. Imagem Institucional
9. Infraestruturas
10. Governação e Comunicação Interna
Relativamente às medidas propostas salientam-se as mais significativas, nomeadamente:
– Suscitar, no âmbito do Conselho Geral do IPCA, o debate e eventual proposta para aprovação superior sobre a criação de novas Escolas ou extensão das actuais Escolas noutros concelhos do Vale do Cávado e do Ave.
– Criar percursos curriculares alternativos, nomeadamente, a oferta de cursos ou unidades curriculares em e-learning, bem como aumentar o número de unidades curriculares complementares e transversais e incentivar a oferta de unidades curriculares isoladas.
– Constituir uma Associação Privada sem fins lucrativos, conjuntamente, com outros parceiros empresariais e institucionais, para apoiar projectos empresariais e institucionais dos estudantes e promover uma maior ligação ao tecido económico e empresarial da região.
– Criar uma incubadora de ideias e projectos para identificar e apoiar spin-offs de projectos de estudantes e docentes.
– Criar uma Escola de Verão orientada para a realização de programas de formação de docentes e trabalhadores, em língua inglesa e outras, eventos internacionais (cursos de verão, conferências internacionais, etc.) e o estabelecimento de protocolos e acordos com outras Escolas de Verão, no sentido de promover o intercâmbio de docentes e estudantes do IPCA.
– Concretizar o plano de construção da residência para os estudantes.
– Monitorizar o percurso profissional dos estudantes.
– Estabelecer protocolos com empresas de transporte que permitam a criação de circuitos de transporte entre vários concelhos e o Campus do IPCA.
– Apoiar a criação de um local de convívio para a Associação de Estudantes no centro da cidade.
– Melhorar a oferta de infra-estruturas em termos de lazer, desporto, cultura e de âmbito social.
– Dotar o IPCA de uma estrutura orgânica que responda à sua dimensão, com a nomeação de chefias superiores e intermédias para as principais áreas ou serviços.
– Promover o aumento de receitas próprias, quer através do aumento do número de estudantes (designadamente em cursos de mestrado e de pós-graduação), quer através da prestação de serviços à comunidade.
– Defender, junto do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), o desenvolvimento de um orçamento de base zero para todas as instituições de ensino superior públicas ou, pelo menos, em que o rácio de estudantes por docentes equivalentes a tempo integral seja idêntico.
– Implementar um novo sistema de gestão documental nas várias unidades orgânicas como base para a desmaterialização e desburocratização.
– Propor ao município de Barcelos a construção de um edifício para a Biblioteca da Cidade, no Campus.
– Construir e apetrechar o Edifício de Investigação, o qual começará a ser construído ainda este ano.
– Criar um repositório de dissertações de mestrado, teses de doutoramento e trabalhos de investigação desenvolvidos por docentes e estudantes, apoiando a partilha de informação e conhecimento científico.
De acordo com o presidente do IPCA, trata-se de um programa bastante ambicioso, mas concretizável, sustentado no lema “Não limitar os desafios. Desafiar os limites”, o qual servirá de mote para os próximos quatro anos de governação do IPCA.
