Esta plataforma foi criada para apoiar as instituições de ensino superior que integram as Universidades Europeias, uma rede de alianças transnacionais de instituições de ensino superior de toda a União, facilitando a troca de experiências e partilha de pontos de vista sobre questões específicas.
A abertura da reunião esteve a cargo do Secretário-Geral da EURASHE, Michal Karpíšek.
Frank Petrikowski (Ministério da Educação da Alemanha) e Adam Gajek (EUROCHAMBRES e ex-presidente da ESU) abriram o painel conjunto de peritos, partilhando as suas perspetivas pessoais em torno das estratégias a longo prazo, financiamento, envolvimento estudantil e especificidades das instituições de ensino superior no contexto das Universidades Europeias.
Os representantes identificaram objetivos muito ambiciosos da Comissão Europeia para este projeto, mas alertaram para o facto de não existir ainda a devida correspondência com os atuais processos de financiamento e avaliação. Salientaram, por isso, a necessidade de aumentar o financiamento, a fim de apoiar as alianças na formulação das suas estratégias a longo prazo.
Foi, ainda, debatida a relação entre as instituições de ensino superior e o mundo do trabalho. Atualmente, a iniciativa Universidades Europeias é ainda relativamente desconhecida fora do Espaço Europeu de Ensino Superior. O aumento da comunicação entre as instituições de ensino superior e os diversos sectores laborais permitirá o desenvolvimento de currículos formativos que vão de encontro e antecipem as necessidades dos vários stakeholders.
A generalidade das intervenções ao longo das várias sessões destacaram o reconhecimento da necessidade de estratégias a longo prazo por parte de todas as alianças participantes, cuja ambição passa pelo aumento do serviço prestado às regiões e comunidades em que estão inseridas.
Neste contexto, foi revelado o grande empenho que existe em reforçar o compromisso com os parceiros regionais, embora reconhecendo que tal objetivo deve partir de uma base sólida e sustentável.
No próximo encontro deverão ser abordadas diversas questões relacionadas com decisões de caráter político, nomeadamente o estatuto jurídico das alianças, o financiamento e a garantia de qualidade no contexto europeu. Atualmente, o financiamento é fortemente orientado para o projeto e as diferenças de financiamento a nível nacional acabam por influenciar a colaboração a nível europeu.
Foram, igualmente, debatidas as diferenças entre as alianças ao nível do envolvimento dos estudantes. O maior desafio é, por isso, identificar como encorajar os estudantes não tradicionais a aumentarem a sua participação, particularmente, os trabalhadores-estudantes.
Em última análise, a maioria das alianças prevê uma forte integração e o desenvolvimento de instituições multicampi, multinacionais, envolvendo no seu quotidiano e governação dos diversos parceiros e atores locais.