IPCA mantém valor das propinas para compensar situação das famílias

A opção pelo não aumento das propinas foi tomada, em reunião do Conselho Geral, na sequência de uma proposta apresentada pelo presidente do IPCA, João Carvalho. “Não faz sentido aumentar propinas enquanto se mantiver a atual ...

A opção pelo não aumento das propinas foi tomada, em reunião do Conselho Geral, na sequência de uma proposta apresentada pelo presidente do IPCA, João Carvalho.

“Não faz sentido aumentar propinas enquanto se mantiver a atual situação económica da grande maioria das famílias dos estudantes do ensino superior”, justificou João Carvalho.

O presidente do IPCA entende que “enquanto o rendimento per capita continuar a diminuir não tem lógica aumentar o valor das propinas”, acrescentando que “o Governo não pode desresponsabilizar-se pelo financiamento do ensino superior público”.

“A difícil conjuntura económica que tem afetado o país nos últimos anos tem implicado uma redução das receitas cobradas pelas instituições de ensino superior, quer por força das transferências do Orçamento de Estado, quer devido à redução da captação das receitas próprias”, recordou João Carvalho.

Esta situação, segundo o presidente do IPCA, justificaria um aumento do valor das propinas para o próximo ano letivo. No entanto, “a situação económica que o país atravessa tem efeitos na vida pessoal dos estudantes com o consequente aumento do desemprego, a redução do rendimento familiar e, como resultado disso, o crescimento do número de jovens que se veem obrigados a abandonar o ensino superior, ou a solicitar o adiamento do pagamento de prestações de propinas devido a dificuldades financeiras”.

Foi perante este contexto que o Conselho Geral do IPCA decidiu manter em 780 euros o valor da propina anual praticada nos cursos de licenciatura, podendo ser paga numa única prestação (com um desconto de cinco por cento) ou em 10 prestações.

Desta forma, o IPCA continuará, no ano letivo 2014-2015, a ser uma das instituições de ensino superior público com o valor de propina mais baixo do país, apesar de ser aquela que menos recebe das transferências do Orçamento de Estado.