Escola Superior de Gestão apresentou estudo sobre oferta turística

A divulgação destes resultados foi feita, em conferência de imprensa, no âmbito das Jornadas Técnicas de Agências de Viagens e Operadores Turísticos & Turismo para Todos, organizadas pelo 2º ano do curso de licenciatura em ...

Jornadas Técnicas Turismo para Todos

A divulgação destes resultados foi feita, em conferência de imprensa, no âmbito das Jornadas Técnicas de Agências de Viagens e Operadores Turísticos & Turismo para Todos, organizadas pelo 2º ano do curso de licenciatura em Gestão de Atividades Turísticas da ESG-IPCA, que decorreu ao longo de todo o dia.

Abílio Vilaça, docente do IPCA, salientou que este “levantamento sobre quem é que quem no turismo em Barcelos e Famalicão fornece aos agentes turísticos, pela primeira vez, uma informação organizada”, que caracteriza a oferta em termos de operadores, agências de viagens, postos de turismo, transportes públicos, gastronomia, museus, hotelaria, lazer e diversão, património e outros serviços importantes.

O objectivo a longo prazo, salientou, é “trabalhar sucessivamente no sentido de ser criado um directório nacional”, razão pela qual está já definida a realização, no próximo ano lectivo, de um trabalho idêntico em relação a outros concelhos minhotos.

Entre os vários dados recolhidos, Abílio Vilaça salientou que estes dois concelhos “dispõem de apenas 700 camas”, o que considerou manifestamente pouco para as potencialidades existentes.

O levantamento no âmbito deste curso foi realizado por oito grupos de trabalho, constituídos por estudantes do 2º ano do curso de Gestão de Atividades Turísticas. Manuela Azevedo, que secretariou um estudo referente a Barcelos, revelou que o concelho dispõe de 22 unidades de alojamento e 382 camas, representando um preço médio de 45 euros por quarto.

No caso de Famalicão, Rui Faria, que secretariou o respectivo estudo, salientou a existência de 14 unidades de alojamento e 320 camas.

Ambos os estudos apontaram falhas ao nível da adaptação dos serviços turísticos para os cidadãos com necessidades especiais, designadamente os portadores de deficiência.

O turismo para todos foi, precisamente, o principal tema debatido nas jornadas técnicas ao longo de todo o dia. Isabel Martins, docente do IPCA, sublinhou que “este é um mercado que pode representar uma grande mais-valia para Portugal e para a região do Minho do ponto de vista económico”.

“Os estudos são claros ao concluir que os turistas com necessidades especiais tendem a ser mais fiéis aos seus destinos e, simultaneamente, são também os que gastam mais dinheiro nesses locais”, acrescentou.

Por seu turno, a directora da Escola Superior de Gestão, Soraia Gonçalves, salientou que “o Turismo é um dos marcos de desenvolvimento estratégico regional e nacional, razão pela qual a Escola Superior de Gestão dá uma grande importância à oferta formativa e investigação aplicada a este sector”.

No caso do curso de Gestão de Atividades Turísticas, “alia uma formação sólida na área da gestão a uma especialização ao nível do turismo”, disse Soraia Gonçalves.

A propósito, Abílio Vilaça sublinhou o facto de “o emprego no sector do Turismo continuar a crescer e nunca ter baixado”.

Após a conferência de imprensa, as Jornadas Técnicas prosseguiram com o debate muito focalizado no Turismo para Todos. Na sessão de abertura, o Adjunto da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, António Cândido, destacou a pertinência do tema, pois trata-se de “um importante referencial de qualidade”.

“É muito bom saber que um especial processo de inclusão está na agenda do dia-a-dia de todos os que, directa ou indirectamente, contribuem para o sucesso do destino turístico Porto e Norte de Portugal, tornando-o mais apelativo e sobretudo mais competitivo”, disse.

A aposta no Turismo para Todos é, segundo António Cândido, “uma estratégia inteligente, não só contribuindo para que se alcance a desejada competitividade, criando mais e melhor negócio, como para que possamos prestar o nosso contributo dando corpo à máxima ‘todos iguais, todos diferentes’”.

Segundo este responsável, Portugal está já a percorrer “o caminho certo”, citando vários “bons exemplos” de turismo inclusivo como a “Rota do Românico: Património para Todos” e o “Projeto de Recuperação do Centro Histórico de Penafiel”, bem como “as experiências radicais proporcionadas a pessoas com necessidades especiais por empresas a operar no destino Porto e Norte de Portugal”.

A sessão de abertura contou, ainda, com a intervenção de César Pires, vereador do Turismo da Câmara Municipal de Barcelos, que apresentou alguns dos projectos em curso no município com vista ao desenvolvimento turístico do concelho.

O autarca aproveitou para apelar ao contributo do IPCA e dos seus estudantes, designadamente na missão de tornar o Turismo em Barcelos cada vez mais acessível a todos.