Durante dois dias, estudantes e docentes desenvolveram projetos digitais focados no aumento da participação em sala de aula, tendo sido distinguido o melhor projeto.
A sessão de abertura contou com a presença da Vice-Presidente do IPCA para a Comunicação, Internacionalização e Cultura, Paula Tavares, que enalteceu o trabalho desenvolvido no âmbito da inovação pedagógica: “Um dos nossos principais focos tem sido a inovação pedagógica e, nesse sentido, o IPCA tem vindo a desenvolver um trabalho consistente com professores e estudantes neste domínio”, destacou.
António Moreira, Pró-Presidente para a Inovação Pedagógica e Projetos Educativos do IPCA e representante institucional do EPIC, sublinhou a importância da cocriação em contexto educativo: “Estes dois dias ficarão marcados por muito trabalho colaborativo e reflexão sobre os desafios e oportunidades de transformação do espaço de aula, reforçando a cooperação entre docentes e estudantes”.
Já o Coordenador do Consórcio EPIC e Pró-Reitor da Universidade do Minho para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, Manuel João Costa, destacou a visão comum das instituições envolvidas: “Queremos apoiar os docentes que têm vontade de inovar e envolver os estudantes neste processo. O futuro do ensino superior passa por instituições mais próximas das realidades e das necessidades das suas comunidades académicas”.
Os grupos de trabalho focaram-se em encontrar soluções capazes de promover a participação ativa dos estudantes em sala de aula através de artefactos tecnológicos.
A equipa P constituída por José Barradas (docente do Politécnico do Cávado e do Ave), Rita Rodrigues (estudante da Universidade de Aveiro), Eduardo Pires (estudante da Universidade da Beira Interior), Susana Reis (docente do Politécnico de Leiria) e José Lencastre (docente da Universidade do Minho) foi distinguida com a solução “ClassON”. A proposta consiste em que, o artefacto digital desenhado, desenvolva uma solução para a desmotivação dos alunos nas aulas presenciais. A equipa concebeu um plano de 15 aulas (equivalente a um semestre), aplicável a qualquer área disciplinar. A cada cinco aulas, os alunos, organizados em grupos, criam um quiz temático com introdução, pergunta, opções de resposta, feedback positivo e negativo, e um recurso multimédia de apoio (vídeo, imagem, áudio, podcast, realidade aumentada, entre outros), que seria inserido numa plataforma na quinta aula. As aulas práticas seguiam a metodologia Pomodoro (20 minutos de trabalho e 5 de pausa), durante as quais o professor promovia atividades de mindfulness e alongamentos nos intervalos. Na última aula, todos os alunos participariam num jogo com os quizzes criados e avaliavam a melhor questão.
O Consórcio EPIC é constituído pelo IPCA, Politécnico de Leiria, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Universidade de Aveiro, Universidade da Beira Interior e Universidade do Minho.
