A cerimónia reuniu mais de 200 convidados, entre os quais o Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, e o presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCDRN), Emídio Gomes.
Referindo-se ao Digital Games Lab, que acabara de ser inaugurado e visitado pelo primeiro-ministro, o presidente do IPCA, João Carvalho, afirmou que o novo espaço será “uma fábrica de conhecimento na área da tecnologia”.
Também Emídio Gomes se referiu à importância desta inauguração, considerando que o novo centro constitui uma marca da região Norte que irá criar “um conjunto de oportunidades e condições de internacionalização”, contribuindo para “a promoção da economia local”.
O Digital Games Lab é, na opinião do presidente da CCDRN, “o exemplo de um projeto que tem retorno e riqueza para a região”.
Este centro de investigação resulta de um investimento total superior a 2,6 milhões de euros, comparticipados em 85 por cento por verbas do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e em 15 por cento com receitas próprias do IPCA.
Numa sessão solene que lotou por completo o Auditório Engº António Tavares, uma das muitas valências do novo edifício, João Carvalho adiantou que esta inauguração é “a primeira parte do que se pretende para que a Escola Superior de Tecnologia tenha a dignidade que merece em termos de instalações”.
Revelou, ainda, que a área da Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais constitui uma aposta de sucesso do IPCA, “com 100 por cento de empregabilidade dos estudantes que concluem esse curso”.
Em relação ao futuro, João Carvalho garantiu existir “uma vontade imensa de se concluir o Campus, construindo o último edifício que, na versão mais recente e para reduzir custos, integra no mesmo espaço a Escola Superior de Tecnologia e uma Biblioteca”.
Lamentou, contudo, que o IPCA tenha sido excluído da lista das Instituições de Ensino Superior que se podem candidatar ao financiamento do Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), mais concretamente no que respeita ao eixo prioritário V, referente a infraestruturas e equipamentos para a valorização territorial e o desenvolvimento urbano.
A razão, segundo explicou, “é que o IPCA não está instalado num centro urbano de nível superior da hierarquia urbana”.
João Carvalho garantiu, no entanto, que o IPCA não desistirá do projeto. “Não deitamos a toalha ao chão e acreditamos que futuros financiamentos do POVT contemplarão instituições localizadas em cidades como Barcelos, com mais de 120 mil habitantes”, disse, recordando que o IPCA “tem a responsabilidade de oferecer formação politécnica nas NUT III, Cávado e Ave, duas regiões com mais de 920 mil habitantes”.
Já o presidente do Conselho Geral do IPCA, António Marques, classificou o novo centro de investigação como uma possível “alavanca” para potenciar a a proximidade entre o poder local, o conhecimento e as empresas. Uma situação que considerou ser “a equação do desenvolvimento” de que Portugal precisa.
“O IPCA pode, através do ensino e da investigação, ir ao encontro da palavra mágica que é o emprego”, disse.
Destaque, ainda, para a homenagem de que foi alvo José Pedro Gomes, um licenciado pela Escola Superior de Tecnologia do IPCA cujas limitações impostas pela paralisia cerebral não o impediram de alcançar o sucesso académico, encontrando-se atualmente a desenvolver uma aplicação informática destinada a auxiliar no dia-a-dia de outros cidadãos com o mesmo tipo de patologia.
Perante o auditório, João Carvalho leu uma carta recentemente dirigida a João Pedro Gomes pela presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.
No final, Pedro Passos Coelho conversou com o jovem, motivando-o “para que continue a ser um exemplo para todos”.
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