Eurodeputados debateram Eleições Europeias de 2014

Perante um auditório repleto de jovens que irão, no próximo dia 25 de maio, exercer pela primeira vez o direito de voto em Eleições Europeias, ambos os eurodeputados sublinharam que a União Europeia é um ...

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Perante um auditório repleto de jovens que irão, no próximo dia 25 de maio, exercer pela primeira vez o direito de voto em Eleições Europeias, ambos os eurodeputados sublinharam que a União Europeia é um espaço de liberdade e de paz.

“Prova disso mesmo é o que está a acontecer na Ucrânia, onde as pessoas querem a liberdade apesar dos muitos milhões que a Rússia lhes dá”, disse José Manuel Fernandes.

Lembrou, por outro lado, o papel que os deputados portugueses têm desempenhado no Parlamento Europeu, tendo sido, por exemplo, “pioneiros no incentivo ao aumento dos fundos para o apoio à juventude”.

Reconheceu, contudo, que “sendo Portugal um dos países que mais dinheiro tem recebido da União Europeia é, ao mesmo tempo, um dos que menos vota nas Eleições Europeias”, referindo-se à tradicionalmente elevada taxa de abstenção.

A importância do voto nestas eleições foi, também, alvo de realce por parte de Nuno Melo, com o eurodeputado a sublinhar que “no Parlamento Europeu decide-se mais sobre Portugal do que na própria Assembleia da República”, designadamente em questões que afetam o dia-a-dia dos portugueses como “a segurança alimentar, a defesa do Ambiente e o apoio à Ciência, entre muitos outros exemplos”.

“O pior serviço que poderemos fazer a Portugal é, por isso, ficarmos em casa e não irmos votar”, acrescentou Nuno Melo.

Os dois eurodeputados reconheceram, porém, a existência de uma certa tendência para ignorar a Europa no que ela tem de bom e atribuir-lhe as culpas quando alguma coisa corre mal. “A União Europeia tem as costas largas”, disse José Manuel Fernandes, lembrando que, “na maior parte das vezes, os cidadãos não têm consciência do facto de que os apoios que recebem – bolsas, subsídios, etc. – serem provenientes de fundos europeus”.

Nuno Melo aproveitou, ainda, para lembrar aos presentes o crescimento de partidos extremistas que se tem verificado, em vários países europeus, “alguns dos quais de inspiração nacionalista e marcadamente xenófobos”. Se forem eleitos, ou reeleitos, para o Parlamento Europeu, “esses partidos podem constituir uma ameaça à paz”. E nestas eleições, disse, “vamos votar também contra isso”.

Na fase final do debate, que foi transmitido em direto pela Rádio Antena Minho, houve ainda tempo para questões colocadas aos dois eurodeputados por alunos da Escola Secundária de Barcelos.

A sessão, que foi moderada pelo diretor do jornal Correio do Minho e da Antena Minho, Paulo Monteiro, contou ainda com intervenções de Alzira Costa, responsável pelo CIED Barcelos, e de Jorge Saleiro, diretor do Agrupamento de Escolas de Barcelos.

O CIED Barcelos é um dos 19 centros que atuam em Portugal como intermediários entre os cidadãos e a UE, encontrando-se sediado no Campus do IPCA.

As imagens destes debate podem ser vistas clicando AQUI.