Ultramaratonista Carlos Sá realiza palestra no IPCA – 10 de setembro (21h00)

O evento, promovido pelo Rotary Club de Barcelos, vai ter lugar no Auditório 1 do IPCA (entrada livre) e pretende dar a conhecer o perfil deste atleta, bem como a sua forma de superar constantemente ...

O evento, promovido pelo Rotary Club de Barcelos, vai ter lugar no Auditório 1 do IPCA (entrada livre) e pretende dar a conhecer o perfil deste atleta, bem como a sua forma de superar constantemente os seus próprios limites.

A capacidade de resistência a nível biológico de Carlos Sá está a ser objeto de estudo pelo Hospital de Santo António, em parceria com a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Longe vão os tempos em que o vencedor da ultramaratona de Badwater, com o tempo de 24 horas e 38 minutos, pesava 96 quilos e fumava dois maços de tabaco por dia.

Carlos Sá começou a trabalhar aos 13 anos, na indústria têxtil, limpou vidros e pintou edifícios com dotes de alpinista, sendo, desde o ano passado, o primeiro ultramaratonista profissional em Portugal.

Em janeiro, Carlos Sá bateu o recorde na subida à montanha mais alta da América do Sul, a Aconcágua, nos Andes argentinos, com 6962 metros. Em abril, o atleta barcelense conquistou um brilhante 4º lugar Marathon de Sables, a ultramaratona de areia no deserto do Sahara, o que o colocou como melhor atleta não africano.

O que o trouxe para estas aventuras foi o alpinismo e os feitos de João Garcia. Depois de uma expedição com o alpinista, Carlos Sá decidiu, com um grupo de amigos, tentar escalar a sexta montanha mais alta do mundo, o Cho Oyu [8201 metros], no Nepal. Começou a preparar-se intensamente, fazendo corridas em altitude, mas, no fim, o grupo não conseguiu obter os patrocínios necessários.

Carlos Sá descobriu, contudo, a sua vocação para as ultramaratonas, até que, no início do ano passado, depois do 4º lugar no Ultra Trail do Monte Branco, com toda a elite mundial presente, a Berg o convidou para ser embaixador da marca. E foi esse o ponto de viragem.