“A crise que estamos a atravessar está a provocar uma profunda transformação e o facto de as organizações inseridas na economia social estarem, em regra, mais próximas das populações leva-nos a acreditar que este setor tende a assumir um papel muito importante no desenlace deste período”, afirmou Eduardo Graça.
Este responsável, que foi o principal orador no seminário sobre «Cooperativas: Uma Alavanca na Economia e na Criação de Emprego», realçou a unanimidade que se verificou na Assembleia da República ao aprovar, no dia 15 de março, a Lei de Bases da Economia Social. “A unanimidade que se verificou constitui um reconhecimento renovado da importância fundamental deste setor, abrindo um período de reforma da legislação respetiva”, acrescentou o presidente da CASES.
Entre os vários projetos existentes, Eduardo Graça realçou o programa COOPJOVEM, que corresponde a uma medida de incentivo à criação de emprego, integrada no programa Impulso Jovem, visando o apoio à criação de cooperativas e que tem como destinatários os jovens dos 18 aos 30 anos de idade.
Estes apoios são concedidos através da atribuição de bolsas, apoio técnico e acesso a microcrédito para investimento.
Na abertura deste seminário, o presidente do IPCA, João Carvalho, destacou a existência de cerca de 2500 cooperativas em Portugal e considerou que “a palavra cooperar devia ser a mais usada em tempo de crise”.
Sublinhou, ainda, que “o IPCA possui vários cursos que podem ser úteis ao movimento cooperativo, designadamente os de Contabilidade, Solicitadora, Design e Informática”, abrindo portas à possibilidade de este instituto de ensino superior público poder vir a assumir-se como uma “antena” na região em termos de incentivo e divulgação das mais-valias que este setor pode representar para os jovens.
No seminário foi, ainda, assinado um protocolo de cooperação entre a CASES e o Instituto de Formação, Comércio, Turismo e Serviços (IFCTS), entidade que organizadora do evento e que esteve representada pelos vice-presidentes Abílio Vilaça, também docente do IPCA, e Manuel Falcão.
