Primeiro-Ministro marcou presença na abertura do ano letivo 2020-2021 do IPCA

O Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), em Barcelos, assinalou a abertura do ano letivo 2020-2021 com a presença do Primeiro-Ministro no dia 13 de outubro.

Num ano marcado pelo regresso às aulas com segurança, mediante o rigoroso cumprimento do Plano de Contingência Interno do IPCA bem como das medidas de segurança definidas pelas autoridades de saúde competentes, António Costa, na sua primeira visita ao Politécnico de Barcelos, teve a oportunidade de visitar as instalações e contactar com os estudantes na Tenda Académica do IPCA.

Após ter inaugurado o M-Factory Lab, um laboratório industrial que proporciona as melhores condições para a formação em contexto prático, nas áreas da mecatrónica, mecânica, robótica, maquinação e gestão industrial deu-se início à sessão da abertura oficial do ano letivo 2020-2021 no Auditório Engenheiro António Tavares.

O Primeiro-Ministro começou por fazer referência ao facto de este ano se ter registado “o maior aumento de sempre de novos alunos” no ensino superior”, apesar da “incerteza” provocada pela crise pandémica.

Por ser um ano letivo “especial” pela contingência que estamos a enfrentar, António Costa elogiou as instituições de ensino superior por retomarem o ensino presencial. “É absolutamente essencial que o país não pare a aguardar pelo fim da pandemia, a pandemia irá terminar e há mais vida para além da pandemia e esse futuro constrói-se hoje. Não podemos sacrificar esta geração com interrupção no seu processo de aprendizagem”, defendeu.

Neste processo, o ensino superior politécnico tem “um papel chave na articulação entre aquilo que são os recursos de cada região e o tecido empresarial”, sublinhou o Primeiro-Ministro, elogiando o IPCA por já ser “um exemplo da excelência na investigação e no ensino que é ministrado nos seus diversos Polos e da concretização de um sonho, de um trabalho e de uma vida do Professor João Carvalho”.  Elogiou ainda a capacidade do IPCA de patentear o conhecimento científico e a investigação realizada, sendo fundamental que o tecido empresarial nacional tenha a capacidade de transformar esse conhecimento científico em serviços e produtos de valor acrescentado parta a sociedade.

A presidente do IPCA, Maria José Fernandes, referiu que o IPCA registará este ano um crescimento superior a 100% em apenas 10 anos de atividade, garantindo ser “um indicador inédito em todo o sistema de ensino superior”. Este crescimento “simboliza a marca de referência que o IPCA tem hoje, na região e no país, quer em termos da qualidade do seu ensino, da qualificação do corpo docente, das excelentes condições em termos de equipamentos e infraestruturas, do crescimento da investigação e do envolvimento com os parceiros empresariais e não empresariais”, sublinhou a presidente.

Em todo o seu crescimento tem havido “um forte aproveitamento” de fundos europeus e investimento próprio do IPCA, de que é exemplo o M-Factory Lab – o laboratório industrial que foi inaugurado, e cujo custo superior a um milhão de euros foi integralmente suportado por receitas próprias.

Maria José Fernandes fez ainda saber que a curto prazo os objetivos para o IPCA estão bem definidos:

– Alargar a base social de participação no ensino superior para uma sociedade baseada no conhecimento com o aumento da oferta formativa até 2022, com especial destaque para o aumento da “oferta na área da hotelaria e turismo a funcionar na Escola-Hotel em Guimarães”, frisou;

– Intensificar a atividade de I&D, com mais e melhor integração entre educação, investigação e inovação e uma maior articulação com as empresas, o tecido produtivo e a administração pública. Nesta área destacar a criação do CRIC – Collaborative Research and Innovation Center – que conta com o total apoio do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, bem como do município de Barcelos para a aquisição do terreno e construção da infraestrutura;

– Melhorar as infraestruturas para apoio ao ensino, investigação e apoio aos estudantes é outra das metas da instituição e alargar campus deverá atingir os 10 hectares;

– Aumento do número de estudantes estrangeiros a frequentarem os cursos do IPCA, bem como em programas de mobilidade.

– Colocar na agenda política o debate aberto sobre a mudança de designação para Universidade Politécnica e a alteração da lei de bases para permitir aos Politécnicos oferecer cursos de doutoramento e avaliar as consequências destas alterações nas regiões e no país.

A Presidente do IPCA aproveitou ainda presença do Primeiro Ministro para reforçar a necessidade de ajustar o investimento público no IPCA para resolver o problema estrutural e que afeta a vivência académica dos estudantes do IPCA, nomeadamente  a necessidades de construir a residência académica e criar infraestruturas para a prática desportiva e o financiamento público do IPCA.

Ainda na sessão solene, o presidente da Associação Académica do IPCA, João Pereira, destacou os “recordes positivos” conquistados pela instituição neste ano atípico. “Apesar de ser a instituição mais nova do país é uma referência nacional do ensino superior politécnico”, elogiou o estudante, alertando para os problemas na ação social, cujo reforço é de “extrema” necessidade. “Somos o único politécnico que não possui uma residência e deixo aqui o apelo para resolver, de forma célere, este problema”, pediu João Pereira, defendendo que o IPCA “está preparado” para receber cursos de doutoramento.

A sessão de abertura do ano letivo contou ainda com a visita do Primeiro Ministro à tenda académica do IPCA onde teve oportunidade de conversar com os estudantes da Instituição.

A sessão terminou com a atuação da Tuna Académica do IPCA.

 

Fotografias do evento