Ministro do Ensino Superior classifica o IPCA como “um exemplo pela positiva”

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior classificou o IPCA como “um exemplo do que é criar um instituto politécnico que se diferencia pela positiva, ajudando o território”. Para Manuel Heitor, que falava na sessão solene do Dia do IPCA, o IPCA é “um lugar de grande relevo tecnológico, que demonstra riqueza”, reunindo as condições para poder vir a ser “uma instituição de referência a nível europeu”.

O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave assinalou o seu 22º aniversário com a tradicional Sessão Solene do Dia do IPCA, no dia 19 de dezembro. Uma cerimónia que contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, do presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, do presidente do Conselho Geral do IPCA, António Marques, e do Vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Ricardo Magalhães. A sessão ficou, ainda, marcada pela intervenção do presidente do IPCA, João Carvalho, que apresentou um balanço do “crescimento sustentado” da instituição.

Salientando o facto de, em 2016, o IPCA ter ultrapassado, pela primeira vez, a barreira dos quatro mil estudantes, “mais precisamente 4136 estudantes”, João Carvalho destacou também a elevada procura de Cursos Técnicos Superiores Profissionais, atualmente frequentados por “882 alunos”.

Não obstante este crescimento, o presidente do IPCA sublinhou que “infelizmente, as limitações orçamentais não permitem ter o número de professores e de pessoal não docente dentro da média das outras instituições de ensino superior”. Recordou, aliás, que “o IPCA continua a ser a que recebe menos transferências do Estado por estudante”, valor que – adiantou – “suporta o pagamento de apenas 81 por cento dos vencimentos”.

“Como sobrevive então o IPCA?”, questionou João Carvalho, respondendo de seguida: “maioritariamente por receitas próprias”, provenientes de propinas, financiamentos comunitários e da prestação de serviços.

Transformação em Fundação

“Dispondo de 55 por cento de receitas próprias, o IPCA reúne os requisitos para alterar a sua natureza jurídica para Fundação, pelo que é nossa intenção, já em 2017, solicitar ao Governo a transformação do IPCA em regime fundacional, caso mereça a aprovação do Conselho Geral”, revelou.

Apesar das restrições existentes, João Carvalho destacou o investimento que continua a ser feito, designadamente ao nível de infraestruturas. Desde logo, “o novo edifício da Escola Superior de Tecnologia e da Biblioteca, com um custo total de execução de aproximadamente dois milhões de euros, suportados, exclusivamente, por receitas próprias” do IPCA.

Sublinhou, ainda, os arranjos exteriores, a construção de passeios pedonais e de uma ciclovia no campus do IPCA, mais uma obra “suportada integralmente por receitas próprias, em valor próximo dos 100 mil euros”.

Entre os vários objetivos para o futuro do IPCA, João Carvalho adiantou ainda a intenção de criar em 2017 as condições para que possa obter, em 2018, a certificação como “Empresa Saudável”.

Uma referência a nível local, regional e nacional

Tal como o ministro, Miguel Costa Gomes classificou, também, o IPCA como “uma grande referência a nível local, regional e nacional”. O autarca aproveitou o momento para esclarecer que a Câmara Municipal já dispõe da verba necessária para as obras de adaptação do edifício da antiga escola Gonçalo Pereira, onde irá funcionar a Escola Superior de Design do IPCA, mas adiantou que “questões burocráticas” estão a atrasar o processo. Aproveitou, por isso, para apelar à intervenção da CCDRN no sentido de apoiar na resolução das formalidades necessárias.

Miguel Costa Gomes adiantou, ainda, ter recebido já o visto que faltava do Tribunal de Contas para iniciar os trabalhos de construção do novo acesso carral do Campus do IPCA, pelo que a empreitada deverá iniciar-se muito em breve.

Por seu turno, o presidente do Conselho Geral do IPCA, António Marques, fez um balanço dos objetivos que tinham sido propostos para o ano 2016 e afirmou que, na generalidade, foram todos cumpridos. “Os objetivos de o IPCA ter mais alunos, mais competência e maior proximidade à comunidade empresarial foram todos atingidos”, disse.

O vice-presidente da CCDRN, Ricardo Magalhães, fez uma intervenção sobre os fundos comunitários Portugal 2020.

Durante a sessão solene foram, ainda, distinguidos os docentes do IPCA que concluíram os respetivos doutoramentos ou título de especialista, no último ano. Foram, ainda, entregues Bolsas de Estudo por Mérito e Prémios de Mérito aos melhores estudantes.

Ministro da Economia inaugurou acesso pedonal

As comemorações do Dia do IPCA deste ano arrancaram a 16 de dezembro, com a visita ao Campus de um outro membro do governo, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que inaugurou o novo acesso pedonal e foi o orador principal numa conferência sobre “O papel das Instituições de Ensino Superior no Desenvolvimento Económico das Regiões”.

O novo acesso pedonal, também uma obra da Câmara Municipal de Barcelos, é feito através de uma ponte pedonal sobre o ribeiro do Patarro, entre a avenida de S. José e o Campus do IPCA, e vem facilitar a ligação entre a instituição e o centro da cidade, conforme sublinhou, na ocasião, o presidente da autarquia, Miguel Costa Gomes.