O evento contará com a presença do autor, bem como de convidados, que participarão na discussão dos temas apresentados, como Manuel Carvalho da Silva, Investigador do Colabor, Mariana Carvalho, Vereadora da Educação do Município de Barcelos, Pedro Fraga, Presidente do Conselho Geral do IPCA, José Teixeira, Presidente do Grupo DST e membros da Comunidade IPCA. A abertura estará a cargo da Presidente do IPCA, Maria José Fernandes.
A obra surge na continuidade do “Manifesto para a Ciência”, que José Mariano Gago escreveu em 1990. Nas palavras do autor, numa entrevista publicada pela Imprensa Nacional, esse manifesto “foi um diagnóstico absolutamente essencial sobre Portugal naquela época e este livro resulta claramente do privilégio que tive em discutir e trabalhar estes temas durante muitos anos com o próprio José Mariano Gago. Já a obra agora escrita por Manuel Heitor é, segundo o próprio, um apelo à “necessidade de perceber, estimular e garantir a transformação contínua e sistemática da «pirâmide humana». E isso é, de certa forma, um manifesto. Ou seja, proponho que se assuma o livro como um novo manifesto sobre o conhecimento em Portugal”.
O livro será, assim, apresentado no próximo dia 4 de outubro, pelas 15 horas, no Auditório Dr. António Martins, na Escola Superior de Gestão, no Campus do IPCA, em Barcelos. A entrada é livre.
Sobre a obra
Com desenhos de Graça Morais, este livro aborda a forma como o pensamento sobre o conhecimento em Portugal foi sendo apropriado social e politicamente, traduzindo a interpretação pessoal do percurso de Portugal desde a integração na Europa, com enfâse no período 2000-2021 e perspetivando uma evolução possível para 2030.
A “Pirâmide Humana” é um filme do realizador francês Jean Rouch, produzido em Abidjan em 1959, um ano antes da independência da Costa do Marfim, no qual estudantes do ensino médio franceses, brancos e de origem colonial, e os seus colegas negros africanos (todos não atores) concordam em improvisar um drama sobre a integração de jovens europeus e africanos, abordando questões de identidade étnica e lealdade política, juntamente com os eternos dramas associados à diversidade da identidade cultural, incluindo a autodefinição adolescente e a rivalidade romântica. O título do filme foi inspirado num poema do autor surrealista Paul Eluard, tendo por base uma reflexão sobre as tensões associadas a processos de participação social entre jovens de contextos muito diversificados.